quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Então, represento-me.

Acordo completamente com um estalo. Manhã de pós-Natal. É como se você se desse conta de algo que uma outra parte de você quisesse lhe esconder. Mas, por quê? Por que alimentei estratégias e planos tão bobinhos enquanto o óbvio estava bem na minha frente? Ninguém me escondeu nada. Ninguém me fez esquecer. Fui eu. Eu não me coloquei a par de todos os fatos sobre a minha própria vida. E, se tudo ocorresse bem, eu perderia uma parte de mim. Contraditório, mas real. Eu perderia a melhor parte de mim. Aquela que me liberta, que me estravasa, que me deixa explodir. Se eu deixar de pisar alí, naquele meu santuário particular, não mais me perderei. E é bem ali, quando me perco de mim mesma, que realmente me encontro. E eu simplesmente não teria mais tempo para encontrar a mim mesma. Sete anos. Sete anos desde que realmente conheci a mulher que eu me destinei a ser. E, agora, suposições quase verdadeiras que me colocam longe desta quase estranha já conhecida.

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